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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Revolução sem armas

Foto: Ayrton Vignola/Folha Imagem.


O último dia de 2008 mostrou para nós, homens, o que não queríamos perceber: o advento da sociedade matriarcal. As mulheres, oh... as mulheres!


Como o Flamengo fez ano passado, elas saíram da zona do rebaixamento para desfilar na elite, entre os primeiros. Uma virada heróica em pouquíssimo tempo.


O vencedor da São Silvestre foi uma mulher. A etíope Yimer Wude Ayalew superou não só todas as mulheres, mas chegou na frente dos homens também. Adiante dela só as motos que faziam a segurança da prova e as câmeras das TV’s. Até nisso, no esporte, no qual a soberania masculina sempre foi incontestável, elas fazem revolução sem armas.


Na política elas já são de casa, quase donas da casa, não de casa. Veja a Argentina, a Alemanha e o Chile! E o Brasil? Dilma Rousseff é a escolhida do presidente Lula. Ela pode ocupar o cargo mais alto da nossa República. Em escala menor, há um mar composto pelo sexo feminino que inunda ou já inundou as cidades e os estados. Por exemplo: Marta Suplicy, Rosinha Garotinho, Yeda Crusius, Erundina, Benedita. Em Ribeirão Preto, a cidade mais importante do interior de São Paulo, quem assume amanhã a prefeitura é uma mulher, Dárcy Vera, uma ex-babá.


Quando ela foi diplomada, dia 18 de dezembro, se emocionou com as palavras da filhinha, de 23 anos, dizendo: “mamãe, eu te amo! Mamãe, eu te amo!”


O médico e cientista inglês Malcolm Potts concedeu à Revista Época uma entrevista na qual afirma que o mundo seria bem mais pacífico se fosse governado pelas mulheres, já que violência e sexo estão intimamente ligados. Culpa da nossa testosterona!


O caso é que ao contrário de nós, homens brutos, elas têm conquistado ascensão social através de um modo bem articular. Utilizam a habilidade frágil, carinhosa. De uns tempos para cá, os resultados têm sido satisfatórios.


Isso tudo me preocupa! Temo que essas alterações socais se expandam para a biologia. E se nós, homens, até então do sexo forte, tivermos que carregar durante meses uma criança na barriga e concebê-la?


Que mundo louco! Elas vão suster a casa, jogar bola aos domingos, tomar chopp com as amigas, fazer xixi em pé, ganhar salários melhores.


Ok, ok! Se assim for, tudo bem, mas vocês, mulheres cruéis, vão pagar a conta do cinema. Ah, eu gosto de refrigerante grande, tá?!


3 comentários:

Anônimo disse...

Não poderia deixar de passar por aqui, primeiro pela crônica reconhecendo o as potencialidades femininas e depois porque não poderia deixar de ler a última crônica do ano antes que 2008 acabasse....rs

Parabéns Bruno, seu blog sempre encantador....Feliz Ano Novo!!!!!!

À espera da primeira crônica de 2009.

Clara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruno Lara disse...

Olá, Talita!!

Muito obrigado pelas palavras. A primeira de 2009 já está aí srsrsr!!!

Feliz 2009, 2010, 2011...