"Melhor do que ler a coluna do Veríssimo num domingo ensolarado de manhã, esperando a chegada do café para pular na piscina, é ler o Letras e Harmonia a qualquer hora em qualquer lugar", Zé- operário.



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sábado, 27 de dezembro de 2008

Injustiça infantil


Ainda no clima de Natal...


Logo cedo descobri que Papai Noel não existia, era tudo balela. Quem me contou foi o Coelhinho da Páscoa. Ele não mentiria para mim, jamais.


Com essa sabedoria aos, acho, cinco anos, fui rapidamente contar para um amigo, de mesma idade. Era uma verdadeira bomba! Ele não acreditou na minha revelação. Bateu o pé. “Claro que existe”, disse ele, “a minha mãe falou que ele entra pela nossa chaminé e coloca, escondido, os presentes debaixo da árvore de Natal que a gente montou”. “Mas, a sua casa nem tem chaminé!”, retruquei.


A verdade era que ele nem sabia o que era uma chaminé e para que servia, assim como eu não sabia o que era um porão. Descobri através do filme “Esqueceram de Mim”.


Pois bem, fomos tirar a prova com a mãe dele. Tinha a certeza de que ela ia confirmar a minha versão. Um adulto, afinal, nunca ia ser ingênuo ao ponto de acreditar em Papai Noel. Eles mesmos davam os presentes...


Combinamos o seguinte: quem perdesse a aposta, ficaria com o pique (esconde) mais tarde. Topei na hora.


Para a minha surpresa, dona Gracinha me quebrou em público, na frente de várias pessoas. Não só disse que o Bom Velhinho existia, como acrescentou que naquele ano ele viria de trenó novo, todo reformado, com peças novas e renas mais dispostas.


Fiquei irritado, contrariado, mas nada fiz. Não tive reação. Me calei e saímos. “Não disse?”, ainda gabou-se o meu amigo André.


Mais tarde, conforme o combinado, fomos brincar de pique, que estava comigo, injustamente. O pior é que valia salve-todos.

Um comentário:

Um blog por acaso disse...

Era bão d+ quando eu acreditava em Papai Noel, quando eu morria de vontade de andar na Nave da Xuxa ou pegar carona na calda de um cometa! hauahuaha