"Melhor do que ler a coluna do Veríssimo num domingo ensolarado de manhã, esperando a chegada do café para pular na piscina, é ler o Letras e Harmonia a qualquer hora em qualquer lugar", Zé- operário.



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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Como cidadão consciente e preocupado com o futuro desta nação desencontrada e, talvez, mal direcionada, quem sabe com frágeis estruturas, exerci domingo, de forma obrigatória, a minha cidadania no sentido eleitoral. Fui secretário de uma seção, onde trabalhei de 8h20 (cheguei atrasado de propósito) até 17h. Essa foi a segunda vez que a Justiça me chamou.

A experiência, válida, serviu para construir ainda melhor a minha opinião sobre o voto obrigatório. Não são poucas as pessoas que desconhecem a função do vereador e do prefeito. Absurdo, não?! Em 2006, havia quem quisesse votar no Lula, mas para governador. Que qualidade tem este voto?

Das quase 400 pessoas inscritas na minha seção (ou seria 300?- acho que 400), posso chutar que cinco apareceram bêbadas para votar. Havia, ainda, em outra seção uma menina com uma latinha de cerveja na mão. Já um bom número de sóbrios votam sem prazer, pu%$#tos da vida!
Não sou o primeiro nem serei o último a defender uma reforma do sistema eleitoral. Dizer que o modelo brasileiro é o melhor do mundo e exportador para outros Estados é ser simplista e superficial. É não querer discutir o centro da questão.

As campanhas dos partidos políticos atingem pontos muito distantes, onde o Estado muitas vezes deixa a desejar. O esforço dos candidatos em busca de votos poderia ser estendido para a esfera da conscientização do que é ser cidadão, do que é fazer parte de uma sociedade onde o respeito deveria imperar.
Natural que haja esta distancia da política no seu sentido mais profundo, já que a sociedade individualista é egoísta e privatiza inclusive o que é coletivo. A política deixa de pertencer a mim e a você para pertencer apenas a mim ou apenas a você, dependendo de quem tem mais lobby (deve ser você).

Depois do 2º turno, a gente não encontra mais os candidatos sorridentes como antes. Que tal durante o mandato inteiro os políticos serem solícitos e atenciosos conforme são quando pedem votos?
Que fique bem claro que não sou secretário contrariando a minha vontade, mas se a Justiça pudesse oferecer mais do que um vale-refeição de apenas R$ 15 (não aceito onde presto serviço), seria mais agradável!

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