A chuva que visita a roça
Pode incomodar muita gente que ali mora,
Mas não inquieta o sereno leitor
Debaixo do pé de amora,
Árvore-refúgio do também criativo autor.
Ele pretende elaborar uma poesia
Complexa e difícil, com palavras incomuns.
Uma poesia para ser lida por intelectuais,
Pelo ser sábio, pela pessoa entendida.
Passam-se horas e o sereno autor
Desagrada a própria natureza,
Desconsidera a própria raíz, até compreender
Que uma simples poesia, talvez tola,
Também guarda uma essência de valor.
A chuva dá sinais de que vai parar.
A poesia deixa entender que vai sair.
O serno autor escreve por prazer, por lazer,
Sem tentar transmitir uma mensagem
Que ninguém vai entender.
A poesia que chega é comunicável.
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