Parlare

“Não me parece que o Brasil seja conhecido por seus juristas, mas sim por suas dançarinas. Portanto, antes de pretender dar lições de Direito, o ministro (Tarso Genro- da Justiça) faria bem se pensasse nisso não uma, mas mil vezes” – Ettore Pirovano, deputado italiano, sobre a polêmica decisão do governo brasileiro ter aceitado o refúgio político de Cesare Battisti, acusado de terrorismo na Itália.


O senhor Ettore está coberto de razão. As nossas (bem gostosas) dançarinas são alguns dos nossos símbolos fora do Brasil, motivo que atrai alguns milhões de europeus, inclusive italianos, para essa simples e humilde terrinha.

De qualquer forma, é o governo italiano quem está ameaçado de dançar. O caso de Battisti será julgado pela justiça brasileira. Para vencer, os advogados daquele país terão que rebolar, e muito, na boquinha da garrafa, pois a cada dia o Brasil deixa de lado aquela fama sempre amigável e indiferente ao que acontece por aí. Hoje em dia, temos mais voz, participação e ação nas movimentações internacionais.

Olha só, há pouco tempo quem arriscaria dizer que o Brasil exigiria participar da nova ordem mundial, que parece estar em plena formação?

O fato do Fórum Social Mundial ter acontecido aqui é outro fator de exposição, assim como o Pan-Americano e a Copa do Mundo.

Ao que se observa, os italianos não perderam o hábito de falar e falar. Falar alto. Falar firme. O máximo que isso pode acarretar é uma irritação no nosso Supremo Tribunal Federal, que tem o poder de fazer tudo, tudinho terminar em pizza, muito bem apreciada na terra do arroz, feijão e bolinho de fubá (ah, que delícia!).