Diziam elas, reclamavam elas... e com razão.
Oprimimos-as, desrespeitamos-as sem fim.
Reivindicavam com razão. Nós, não!
Foi assim até há pouco, deixou de ser.
Tudo mudou, a vida é outra.
O homem é outro, a mulher também.
Saiu dos nossos braços, não é mais refém.
Liberdade. Voa com as próprias asas
No céu desta cidade, no mar deste planeta.
Rebelou-se. Fugiu. Revoltou-se.
Movimenta o corpo inteiro, mexe cada membro.
Olhar sedutor, que desconhece o limite.
Agride? Às vezes muitas vezes.
Soberana, vem ela reclamar. O que, Deus?
Os direitos, mais direitos? Insatisfeita,
Queixa-se ainda de nós, à beira da submissão.
Não, isso não! Lutemos, agora, pela revolução.
Entregue-nos a razão.
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