Nestas montanhas não há mar.
Sequer há o cheiro da maresia.
Como posso, então, respirar
A essência de um azul peculiar?
Estou no centro de um oceano verde,
Ondas estáticas, onde também se pode surfar.
Permaneço na areia daqui. Acompanho a nuvem surgir.
Ela risca o céu e ameaça o calor, o Sol imperador.
O alto está livre da poluição,
Da faixa do avião, que não pede licença. Mal-educada!
Ela invade a morosidade, interrompe a preguiça. Incivil!
Sobre este mar não há avião, nem faixa no alto.
Pensei que nestas montanhas mar não havia.
Há sim. Quem imaginaria?
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