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sábado, 3 de janeiro de 2009

Um bom dia!

Embora nos esforçamos bastante para sermos fortes, somos patinhos, não feios, mas patinhos. A abstração da economia joga na nossa cara o quão vulneráveis somos. Essa crise revela que todo o esforço, todo o suor para construir bases sólidas e gozarmos de robustas instituições pode não ser tão confiável.

Para qual direção ir? Até a política, que governa a economia, está um pouco desorientada. Lula, o símbolo-mor da República, assume a postura de Frankling Roosevelt dos anos 30. Quer confiança, ousadia e intensa participação do Estado através de investimentos (pelo menos é esse o discurso). Nada de adiar obras.

Alguns prefeitos das principais capitais brasileiras, por outro lado... Eduardo Paes, que assumiu a prefeitura do Rio há poucos dias, já anunciou o corte de quatro secretarias e de 30% dos salários dos funcionários que ocupam cargos de confiança. Kassab, prefeito de São Paulo, também se mostrou receoso. Ele declarou que é preciso “navegar com cautela”. Curioso é que, ao contrário de Paes, ampliou o número de secretarias. Agora há também a pasta da Desburocratização (uma burocracia para conter a burocracia).

Os anos vão passando e a natureza, sem pressa alguma, nos lembra quem é que dita as regras. Os projetos científicos da modernidade visavam conter as ações da natureza em nosso benefício. A idéia de construir segurança para a existência humana.

A brincadeira até que durou algum tempo, mas a pós-modernidade revela um cenário menos seguro (insegurança, o pavor humano). Exemplos não faltam de como a idéia de ciência é hoje praticada para minimizar os impactos: furacões nos Estados Unidos, terremotos e tsunamis na Ásia, enchentes em Santa Catarina.

Ao que tudo indica, a economia também tem vida própria. Esperamos que ela não se enfureça, porque para o mundo consumista, o não preenchimento dos vazios humanos pelo constante consumo é algo realmente desagradável.

Bem, se a economia acordar furiosa e nos obrigar a deixar a natureza em paz, esta vai voltar a dormir tranqüila, pelo menos por um tempo. Agora, quem não vai conseguir pôr a cabeça no travesseiro é uma tal de espécie humana!

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