Em segundo lugar, a pós-modernidade é interessante, inclusive, porque parece uma folha em branco, na qual qualquer desenho/rabisco pode ser feito. Seja para o que é considerado bem e não tão bem assim. O mundo hoje está, de acordo com a minha humilde opinião, como uma literatura. Uma literatura de alto nível, a verdade seja dita. Desafio um escritor a ter imaginado tanta fantasia que pareça verdade, ou verdade semelhante à fantasia- algo mais ou menos assim!
Veja, por exemplo, o acelerador de partículas LHC, construído sob a fronteira da França com a Suíça. O maior equipamento científico da história do planeta (pelo menos do nosso) concentra a expectativa e esperança de revelar mistérios da esfera onde “vivem” as subpartículas. Se tudo der certo, acredita-se, vamos entender melhor o Big Bang, teoria mais aceita sobre o surgimento de tudo a partir de quase nada.
Os cientistas da Física Quântica, que analisa profundamente as tais subpartículas, dizem que a “vida” lá é mais intensa e também mais instável do que a programação do SBT e temperamento de filho mimado por pais ricos. Trazendo para a nossa realidade, uma bola, por exemplo, é capaz de girar para um lado e para o outro, como aqui, mas ao mesmo tempo (!). Sim, estou sóbrio. Doideira, né?
O limite que separa a literatura e a ciência está cada vez menos perceptível. A proximidade entre o (belo) instigante casal confunde a gente às vezes. O que seria literatura? E a ciência? Onde exatamente está a imaginação? E a realidade?
Esse namoro já virou noivado e, inevitavelmente, chegará no altar. Não há muito tempo. “Se alguém for contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre”. Vixi, essa não é uma típica frase religiosa? Olha um novo triângulo amoroso se formando...(quem seria o Marco Antônio?)