"Melhor do que ler a coluna do Veríssimo num domingo ensolarado de manhã, esperando a chegada do café para pular na piscina, é ler o Letras e Harmonia a qualquer hora em qualquer lugar", Zé- operário.



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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Méson-pi humano


Méson-pi. A que esse termo lhe remete? Ao nome do goleiro reserva da seleção de futebol do Tadjiquistão? Ao mais recente ditador a assumir o poder na Coreia do Norte? À denominação de algum satélite de Júpiter descoberto há duas semanas e meia por um cientista húngaro aposentado? A uma tribo indígena em extinção no Norte do Brasil? Quem sabe a um personagem criado por Maurício de Sousa para ingressar na Turma da Mônica e agitar as tramas da turminha, ou ainda a um monumento histórico da Renascença? Talvez à mais nova contratação para preencher a lateral-direita do CSKA, time russo de futebol?

Parabéns! As tentativas foram boas, é verdade, mas longe, bem longe do méson-pi a que me refiro. O termo, no caso, é utilizado pela Física para descrever a partícula subatômica responsável por manter coeso o núcleo de um átomo.
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Ah, não! Lá vem o Bruno com papo-cabeça encher a minha preciosa paciência!
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Calma, calma, não é o que você está pensando. Eu posso explicar (qualquer semelhança com eventual desvio de comportamento conjugal é mera coincidência).
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O méson-pi é considerado um dos fenômenos fundamentais da natureza. Cesar Lattes, no fim da década de 1940, comprovou a existência de uma força capaz de manter unido o núcleo do átomo, formado por prótons e nêutrons (sei lá, talvez venha daí o “Currículo Lattes”) . O fato causou um impacto e tanto na comunidade científica.
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Embora o píon, outro nome atribuído ao senhor méson (só para os íntimos), seja da área de Exatas, a Humanas também pode utilizá-lo, “roubando-o” um pouquinho para explicar alguns fenômenos sociais. Os núcleos dos grupos humanos podem ser mais coesos ou tender à dispersão, comprometendo as relações, atividades e funções.
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Por exemplo, na política, um partido precisa de unicidade, pelo menos a cúpula, para orientar toda a estrutura e cumprir o cronograma de ação. De outra maneira, a sigla age incoerentemente, contrariando os filiados e as propostas. O governo necessita de membros que tenham afinidades entre si para implementar medidas importantes para a sociedade, senão desagrada aos interesses coletivos.

Fundamental célula social, a família também requer um méson-pi forte, ainda mais nos presentes dias, em que o trânsito de informações é intenso, complexo e impacta a todos nós, mergulhados numa contemporaneidade cuja definição ainda é bastante discutida. Poderíamos estender essa aplicação às escolas, empresas, enfim, aos mais diversos grupos que compõem a sociedade, mas o espaço é curto e a preguiça é longa para inserir aqui outras organizações sociais.
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Descobrir a existência do píon humano é tarefa relativamente fácil, nada que requeira a intervenção de um novo Cesar Lattes. O desafio é aplicá-lo com eficiência!

2 comentários:

Um Gole de Ideias disse...

- Méson-pi, muito prazer, meu nome é Bandeira. Demasiado complexo sua junção. O homem na sua simplicidade já é tão complicado. Com vc então... Méson... O que mesmo? Posso te chamr de Pi, somente?! rs

Hehe...

Parabéns pela complexa postagem, mas um conhecimento para minha fonte!

Contra Drogas disse...

Viva o Méson-pi!uahauhauah
;)
Bjus=***